Guillermo del Toro busca refúgio na animação após rejeição de projetos live-action

Durante sua participação no Festival Internacional de Animação de Annecy, na França, o renomado diretor Guillermo del Toro compartilhou suas frustrações e planos futuros. Apesar de seu amor pela animação e da crença de que ela é a forma mais pura de arte, Del Toro revelou que tem enfrentado desafios financeiros para realizar seus projetos.

Em sua palestra, o cineasta vencedor do Oscar destacou a recusa de cinco de seus projetos nos últimos dois meses. Ele comparou a experiência de fazer filmes com “comer um sanduíche de merda”, enfatizando que sempre haverá obstáculos e momentos difíceis na indústria cinematográfica. No entanto, ele encorajou os aspirantes a cineastas a permanecerem fiéis às suas histórias e a esperar pelo momento certo de encontrarem um apoio financeiro.

Del Toro revelou que, seguindo seu próprio conselho, ele planeja se dedicar cada vez mais à animação, deixando de lado os filmes live-action. Ele expressou seu amor pelo gênero e mencionou o sucesso de filmes como “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso”, “Super Mario Bros. – O Filme” e “As Tartarugas Ninja: Caos Mutante” como exemplos do potencial da animação em cativar o público.

O diretor também mencionou o êxito de sua reimaginação em stop-motion de “Pinóquio”, lançada na Netflix em dezembro e que recebeu elogios da crítica, inclusive ganhando o Oscar de Melhor Animação. Del Toro continua seu envolvimento com a Netflix, trabalhando atualmente na adaptação de “The Buried Giant”, romance de fantasia de Kazuo Ishiguro, que dirigirá e produzirá a partir de um roteiro co-escrito com Dennis Kelly, roteirista do musical “Matilda”.

Apesar dos desafios enfrentados, Del Toro está determinado a resgatar a animação e trazer ainda mais obras de arte para esse meio. Ele acredita que é possível fazer uma contribuição significativa para o mundo da animação e espera que mais oportunidades e liberdade criativa sejam concedidas a artistas do gênero.