Em uma surpreendente reviravolta, a Nintendo está enfrentando um processo legal movido por pais preocupados com as microtransações presentes no popular jogo mobile, Mario Kart Tour. Esses pais alegam que a empresa adotou práticas de microtransação injustas, prejudicando os jogadores e, em particular, os menores de idade.
O processo, recentemente iniciado, levanta questões sobre o sistema de loot box conhecido como “Spotlight Pipes”, presente no jogo. Os pais argumentam que a Nintendo não forneceu informações claras sobre a probabilidade de obter determinados itens, resultando em gastos excessivos e injustos.
Embora a Nintendo tenha implementado um sistema de compra direta de itens em setembro do ano passado, substituindo as loot boxes, o processo ainda se refere às práticas anteriores. A ação destaca que um dos jogadores menores de idade teria gastado cerca de US$ 170 no jogo entre 2019 e 2022, levantando preocupações sobre os impactos financeiros e emocionais dessas microtransações.
Esse caso não é o primeiro envolvendo alegações de microtransações questionáveis. Empresas como a Epic Games já foram alvo de processos semelhantes, resultando em multas significativas. Caso o tribunal decida a favor dos pais, a Nintendo pode enfrentar consequências financeiras substanciais.
Ainda não houve um comunicado oficial por parte da Nintendo sobre o processo em questão. A repercussão da ação legal destaca a crescente preocupação dos consumidores e dos pais em relação à transparência e justiça nas microtransações dos jogos mobile.
À medida que o processo se desenrola, o desfecho terá implicações importantes para a indústria de jogos, colocando em discussão a regulamentação das microtransações e a proteção dos consumidores, especialmente os mais jovens.